Nesta semana o edital do concurso público para o Magistério no RN foi publicado. Ao todo são 3.500 vagas divididas entre 600 para suporte pedagógico e 2.900 para disciplinas específicas. Conforme a Secretária de Estado da Educação "Com a realização do concurso, o Governo está atendendo a uma antiga reivindicação da categoria e agindo para cobrir o déficit de professores em sala de aula nas escolas estaduais. Estamos também, com isso, dando mais qualidade ao ensino em nossas escolas".
- Particularmente, pegando as palavras da secretária, não acredito que um concurso vá trazer "qualidade " ao ensino em nossas escolas. Não apenas um concurso, sabe? A formação dos profissionais é um grande ponto a se pensar e embora seja até senso comum o que estou dizendo os governos fazem ouvido de mercador em relação aos problemas da sociedade e principalmente tratando-se de reivindicações das classes educacionais.
- "O governo está atendendo a uma antiga reivindicação da categoria", essa frase demonstra total apoio às ações do governo, visto que o governo "atende" às reivindicações. Coloca o governo como agente, bem-feitor e compadecido da categoria o que foge à verdade, pois não há como as escolas funcionarem sem profissionais e eu conheço vários deles que se aposentaram, que saíram por que foram chamados para outros concursos e até gente que morreu. Então, isso é uma reivindicação atendida?
O que não entendo é o por que de os discursos políticos continuarem recheados de subentendidos e com uma ideologia de camaradagem. O que eles tentam mostrar é que estão sendo bons, que estão sendo ótimos e que estão nos fazendo um favor, quando na verdade estão fazendo algo muito aquém de suas obrigações.
Esse concurso não dá nem para o começo, imagine atender às necessidades reais da educação do nosso estado. Haja paciência para tanta abobrinha!