O Jornal O Mossoroense, edição do dia 1 de novembro de 2009, publicou no Caderno Universo entrevista cedida pelo poeta Leontino Filho à jornalista Larissa Newton.
Leontino Filho é poeta aracatiense de cuja pena nasceram os livros Cidade Íntima (poesia) e seu mais recente trabalho A Geometria do Fragmento (ensaios).
A seguir transcreveremos trecho da citada entrevista.
Leontino Filho é poeta aracatiense de cuja pena nasceram os livros Cidade Íntima (poesia) e seu mais recente trabalho A Geometria do Fragmento (ensaios).
A seguir transcreveremos trecho da citada entrevista.
Você publicou seu primeiro livro com 22 anos de idade. Descobriu cedo o talento para a poesia e as letras?
Leontino - Sim, principalmente como leitor. Muito cedo acabei me identificando com a poesia. Foi assim a partir dos 14, 15 anos. Também tem a ver com a educação. Estudei no Colégio Marista e lá sempre tinha rodas de poesia. Assim acabei me identificando com o texto poético.
Por que a predileção pela poesia?
Leontino - Eu acho que a poesia é um texto que trabalha mais com a acuidade. A poesia trabalha com a palavra na sua densidade maior. Existem romances que também fazem esse jogo com as palavras. Mas no caso da poesia, é o trabalho com a linguagem de carregar as palavras com a questão da vida, do sentimento... Então eu reputo à poesia o exercício máximo da linguagem. E esse exercício máximo da linguagem é um desafio pra gente. Quer dizer, retratar as questões da existência humana, da minha existência, através de um trabalho com a linguagem.
A linguagem liberta?
Leontino - Ela pode lhe libertar, mas pelo que ela significa. Quer dizer, a linguagem é a significação da gente. Nós existimos através dessa significação da linguagem, seja ela de que tipo for: verbal, ou não verbal. A gente só é significante a partir da linguagem. Só nos reconhecemos através da linguagem. Mas ela aprisiona porque quando você não consegue se expressar, você se limita.
Leontino - Sim, principalmente como leitor. Muito cedo acabei me identificando com a poesia. Foi assim a partir dos 14, 15 anos. Também tem a ver com a educação. Estudei no Colégio Marista e lá sempre tinha rodas de poesia. Assim acabei me identificando com o texto poético.
Por que a predileção pela poesia?
Leontino - Eu acho que a poesia é um texto que trabalha mais com a acuidade. A poesia trabalha com a palavra na sua densidade maior. Existem romances que também fazem esse jogo com as palavras. Mas no caso da poesia, é o trabalho com a linguagem de carregar as palavras com a questão da vida, do sentimento... Então eu reputo à poesia o exercício máximo da linguagem. E esse exercício máximo da linguagem é um desafio pra gente. Quer dizer, retratar as questões da existência humana, da minha existência, através de um trabalho com a linguagem.
A linguagem liberta?
Leontino - Ela pode lhe libertar, mas pelo que ela significa. Quer dizer, a linguagem é a significação da gente. Nós existimos através dessa significação da linguagem, seja ela de que tipo for: verbal, ou não verbal. A gente só é significante a partir da linguagem. Só nos reconhecemos através da linguagem. Mas ela aprisiona porque quando você não consegue se expressar, você se limita.