Poema

15 agosto 2011

O poeta mastiga o lápis em busca de uma ideia viva,
mas seu poema não sai.
Sua cabeça gira, seu corpo vagueia, parece que sai de si
num flutuar de imaginações mas nada vai para o papel.
O poema que ele queria deveria ser romântico, falar de amor
de uma nova forma, inusitadamente.
Não sai nada.
Nem um rascunho mal feito com letras tortas e ilegíveis.
A sua principal ideia está ali, pronta para ser moldada
como uma panelinha de barro,
entretanto a voz da alma cala
e o poeta procura viver novamente
já que seu principal poema
não quis sair.